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23 de fevereiro de 2012

O que significa Liturgia ?

O que significa Liturgia e para que precisamos conhecê-la?

Liturgia significa "obra do povo", ou "serviço do povo". Porque é justamente isso que fazemos quando cultuamos a Deus: o povo O adora. Toda ação litúrgica é culto público, mesmo que a portas fechadas, mesmo que executada por um único sacerdote sem a presença do povo. Quando um padre recita seu breviário, no silêncio do seu quarto, está celebrando em nome do povo para Cristo e intercedendo a Cristo pelo povo. Quando celebra uma Missa privada, sem nenhum fiel assistindo, ainda assim ele é Deus para o povo e o povo diante de Deus: a Missa sine populo à toda Igreja aproveita, santifica a todos nós, mesmo que dela não participemos.

Importa estudar liturgia porque como iremos ter [i]actuosa participatio[/i], participação real.

Como deve ser um presbitério liturgicamente correto para a Santa Missa?
O presbitério deve ter um altar (nas novas igrejas, separado da parede, de preferência, mas os antigos podem ser mantidos e, em casos particulares podem ser construídos altares junto à parede), credência (mesa auxiliar onde se colocam os vasos), cadeiras e/ou sedília (uma espécie de conjunto de cadeiras fixas, uma ao lado da outra).
Pode ter um baldaquino em cima do altar, e o tabernáculo pode estar lá também (no mesmo conjunto do altar antigo, junto à parede, mas nunca no altar em que se celebra versus populum; pode estar também junto à parede mesmo que não no altar) ou em uma capela auxiliar. É possível ter um coro separando o presbitério da nave, e uma mesa de comunhão, faldistório e, se for catedral, o trono do Bispo.

O ato penitencial pode ser cantado? Em caso positivo, a letra é livre?

Pode, mas em obediência às fórmulas previstas no Missal. Não é permitido ser substituído por outras letras, porque não existe "canto de ato penitencial".

O Ato Penitencial é uma parte do Ordinário da Missa. Logo, deve ser respeitada em sua integralidade.

Qual a letra das musicas que se pode cantar no ato penitencial?

Convidando os fiéis a um ato de arrependimento, o sacerdote celebrante os introduz ao rito, com a fórmula prevista no Missal. Após uma breve pausa, utiliza uma das três fórmulas: a) o Confiteor; b) o “Tende compaixão”; c) o Kyrie. Conclui com uma absolvição, que, por ser desprovida de força sacramental, não possui a eficácia do Sacramento da Penitência celebrado na confissão dos pecados ao sacerdote.

Podem ser cantadas músicas de Ato Penitencial, desde que a letra utilizada seja de alguma das formas prescritas. Quaisquer outros cantos, ainda que implorem o perdão de Deus e demonstrem arrependimento dos pecados, estão excluídos por não se encaixarem no ordinário da Missa, do qual o Ato Penitencial é integrante.

O Ato Penitencial é omitido quando se celebra, no início da Missa, o rito do Asperges, e também quando a celebração for imediatamente precedida de um ofício da Liturgia das Horas com caráter penitencial. Nos demais casos, muito mais comuns, é imprescindível!

Quando as invocações do Kyrie, “Senhor, tende piedade de nós...”, não forem utilizadas no Ato Penitencial, devem ser proferidas após a absolvição que se segue àquele. Isso significa que sempre que o Ato Penitencial consistir no Confiteor (“Confesso a Deus todo-poderoso...”) ou no “Tende compaixão”, o Kyrie é feito em um ato próprio.

“Depois do Ato Penitencial inicia-se sempre o ‘Senhor, tende piedade’, a não ser que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o cantor.” (Instrução Geral do Missal Romano, 52)

É possível que o Kyrie rezado seja substituído por uma música que tenha as invocações na letra.


Postado por: Bruno Souza Nogueira

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