Tem muita gente que sonha alto na catequese.
Que bom! Pessoas que não querem ficar no marasmo de sempre e não se contentam com a mesmice. Vejo e falo com muitos catequistas entusiasmados com a missão que lhes foi confiada. Porém, existem aqueles que desistem facilmente. Acham-se sem condições, sem tempo, limitados, despreparados. Ficam com medo de saber até onde podem chegar como catequistas.
O medo nos paralisa e atrofia, nos impede de sonhar mais alto, de mudar o mundo, atingir as pessoas com o projeto de Deus. O medo é um câncer para a catequese. É ele que nos impede de prosseguir, de alcançar vôos mais altos, de lutar por encontros melhores, de entusiasmar jovens, crianças, adultos, pais, padrinhos e até mesmo outros catequistas que conosco caminham.
O medo, quando ataca, vem com tudo, paralisa sonhos, fragiliza ações, desvia caminhos. Precisamos enfrentá-lo com toda a fé e força. A oração é um antídoto precioso contra este sentimento terrível que é medo.
Muitas comunidades estão iniciando agora o ano catequético. Por este Brasil afora, estão acontecendo encontros, reuniões de formação, palestras, planejamento para o ano inteiro, aprendizado de técnicas, dinâmicas e até mesmo, a busca de conteúdos para os encontros semanais.
Sempre surgem idéias diferentes nestas reuniões. Alguém sempre diz “ Porque a gente não faz diferente desta vez”. O entusiasmo está presente, eu noto isso. Conversando com catequistas de todo o país, sinto que estão dispostos a mudar, a crescer, tornar a catequese algo que realmente toque e indique o projeto de Deus. Mas, o “maldito” medo, busca outros sentimentos para reinar nas idéias de muitos catequistas e coordenadores.
O medo nos apresenta frases que vão de encontro aos nossos ideais e vontades. E aos poucos, muitas lideranças vão se tornando dominadas pela sensação de insegurança, impotência e desânimo. Com isso, a frase que surge, com mais ênfase é “Não podemos fazer. Deixemos tudo como está”. É uma pena que seja assim.
Resolvi separar algumas outras frases, que no meu entendimento, atrapalham um bom planejamento da catequese impedindo que diversos grupos de catequistas pelo menos tentem fazer coisas diferentes, saindo da mesmice e do marasmo.
São elas:
• Que ridículo!
• Não temos tempo.
• Em time que está ganhando não se mexe.
• Está bom assim. Por que mudar se está funcionando bem?
• Ninguém vai participar. É melhor nem fazer.
• Nunca fizemos isso antes. Não vai funcionar.
• Não estamos preparados para isso.
• Isso é problema deles, não nosso.
• Vamos pôr os pés no chão.
• O Padre não concordaria com isso.
• Não é prático.
• Custa muito caro. Não está no orçamento.
• Já tentamos assim.
• Alguém já tentou antes?
• Será que o conselho pastoral aprovaria?
• Não é nossa responsabilidade.
• Os pais não querem nada com nada. Não adianta convidá-los.
O medo não pode ser o maior sentimento entre nós, lideranças pastorais, catequistas e coordenadores. Quem sabe você arrisca a enfrentá-lo? Quem sabe você tenta fazer coisas diferentes? Quem sabe você partilha com os demais os seus sonhos, projetos e desejos para a catequese?
Se eu disser “Eu posso, eu quero, eu vou conseguir” e acreditar nisso, o universo conspira a seu favor. Mas por favor, não desista antes de pelo menos tentar.
“Eu posso, eu quero, eu vou conseguir.”
E você conseguirá.
Ps: perguntei para a Ana Carolina e a Tati, em São João Del Rei, se o medo tomou conta dos sonhos dela? Se elas desistiram de ir atrás do que sonharam?
Façam a mesma pergunta para a Viviane, da cidade de Itu e para a Eliza, da cidade de Leme, no interior de São Paulo.
Elas sonharam e foram atrás do que queriam.
Sonhemos iguais a ela!
Fonte: Alberto Meneguzzi
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