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1 de dezembro de 2014

Igreja não seja um museu ou ONG, diz papa aos bispos da Suíça


Papa exortou os bispos da Conferência Espiscopal da Suíça para buscarem inspiração na fé viva de Cristo

Que a Igreja na Suiça seja sinal visível do Corpo de Cristo e de seu povo e não somente uma bela organização, uma ONG. Palavras do Papa Francisco no discurso entregue aos bispos suiços em visita ‘ad Limina’, na manhã desta segunda-feira, 1º/12.

Palavras claras e diretas do Santo Padre aos prelados da Suiça, um país de pacífica “coexistência cultural e religiosa”, “sede de instituições internacionais importantes para a paz, o trabalho, a ciência e o ecumenismo”, onde não obstante “muitos habitantes mantenham-se afastados da fé, a maioria reconhece o papel positivo dos católicos e protestantes no âmbito social”.
Mas “sem uma fé viva em Cristo ressuscitado – observou o Papa -  as belas igrejas e mosteiros, como a Abadia de São Maurício, prestes a celebrar 1.500 anos de vida religiosa initerrupta, ‘fato excepcional em toda a Igreja’, se transformarão, pouco a pouco em museus; todas as louváveis obras e instituições perderão o seu espírito, deixando somente ambientes vazios e pessoas abandonadas”.
“A vossa missão – disse o Pontífice aos bispos suiços – é a de apascentar o rebanho, caminhando segundo as circunstâncias adiante, no centro e atrás”, porque “o povo de Deus não pode subsistir sem os seus pastores, bispos e padres”.

O Papa então, encoraja os prelados “a dar uma resposta clara e comum aos problemas da sociedade, em um momento onde muitos, mesmo na Igreja, são tentados a afastar-se da real dimensão do Evangelho, que tem uma força própria originária para elaborar propostas”. Cabe a nós, portanto, continuou o Pontífice, apresentar esta mensagem completa e torná-la acessível a todos, sem obscurecer a beleza do Evangelho, também àqueles que encontram dificuldades na vida cotidiana ou buscam um sentido à própria existência ou se afastaram da Igreja”. Os quais “confusos ou concentrados em si mesmos, deixam-se seduzir por formas de pensar que negam deliberadamente a dimensão transcendente do homem, da vida e das relações humanas, em particular diante do sofrimento e da morte”.

“O testemunho dos cristãos e das paróquias – disse o Papa – pode realmente iluminar o caminho deles e apoiar sua busca da felicidade. Deste modo a Igreja Suiça pode ser ela própria e não somente uma bela organização, uma outra ONG”.
Assim – conclui Francisco – é necessário “anunciar a Boa Nova, não ceder aos caprichos dos homens”. “Muitas vezes nos cansamos em responder sem nos dar conta que nossos interlocutores não buscam respostas”. É necessário, isto sim, “interrogações com a visão apostólica nunca superada: ‘Este é Jesus, Deus o ressuscitou, nós somos testemunhas disto’”.



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