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25 de agosto de 2013

Reflexão para o XXI Domingo do Tempo Comum - C; Lc 13,22-30

No Evangelho, Jesus anuncia a salvação a todos os seres humanos.
Ele a anuncia através de sua caminhada para Jerusalém, caminhada não apenas no sentido geográfico, mas principalmente no sentido teológico.
Por isso ela começa com alguém perguntando a Jesus, se são muitos ou são poucos os que se salvam.

Jesus não responde, mas fala que a salvação depende do compromisso radical com o projeto do Pai, a prática da justiça.

Muitos pensam em entrar no Reino apenas pertencendo à Igreja pelo batismo, fazendo parte de alguma associação, tendo títulos religiosos honoríficos, mas tudo isso para Jesus diz pouco ou nada.

É necessário não praticar injustiças, não ser conivente com elas, não ser omisso, mas comprometer-se radicalmente com a prática da justiça e, ao mesmo tempo, sentir-se pequeno, não contando com suas obras, com suas práticas religiosas, mas apenas com a misericórdia divina.

Portanto, para nós, a caminhada para Jerusalém é a nossa vida diária, em sua concretude; essa é a nossa caminhada para a salvação!

Na segunda leitura, o autor da Carta ao Hebreus nos incentiva à perseverança nas lutas travadas para sermos todos fiéis ao projeto de Deus. O grande incentivo e modelo de perseverança é Cristo Crucificado.
Mais ainda, seu autor diz que o sofrimento ajuda os cristãos a alcançar a maturidade da fé. Em sua caminhada para Jerusalém, o Senhor viveu sua entrega, chegou à sua paixão e morte. Ele se descentralizou para colocar como centro de sua vida o plano do Pai para redimir a Humanidade; isso o levou a se entregar na cruz. Também nós, seguindo os passos de Jesus, deixemos o Pai nos conduzir para onde Ele quiser.

Se Deus permite que soframos, é porque não somos estranhos a Ele, mas filhos queridos. Ele deseja nossa perfeição. Não é Ele que nos envia sofrimentos. Doenças e aflições não procedem de Deus, mas das circunstâncias da vida e, às vezes, da maldade dos homens.

Muitas vezes lutar pela justiça, desinstalar-se pode levar o cristão à porta estreita, mas será exatamente essa atitude que irá abrir as portas do coração, e isso poderá fazer sofrer, poderá fazer doer!

Desinstalar-se, lutar pelo direito e pela justiça faz sofrer porque nos coloca em luta contra o egoísmo de outros e também nossos, lutar nos tira do comodismo, nos desinstala. Não é Deus que envia os sofrimentos, mas os egoísmos os provocam!

Caminhar para Jerusalém supõe maturidade, supõe sair de si e estar voltado para o Outro.

Estamos dispostos a entrar pela porta estreita da desinstalação e do compromisso com os marginalizados? Abrimos a porta de nosso coração para que também ela deixe de ser estreita e se torne ampla?
(CAS)

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