Organização e Cargos da Igreja Católica Romana
Estruturalmente, o catolicismo romano é uma das religiões mais centralizadas do mundo. O seu chefe, o Papa, governa-a desde a Cidade do Vaticano, um estado independente no centro de Roma, também conhecido na diplomacia internacional como a Santa Sé. O Papa é seleccionado por um grupo de elite de Cardeais, conhecidos como Príncipes da Igreja. Só o Papa pode seleccionar e nomear todos os clérigos da Igreja acima do nível e padre. Todos os membros da hierarquia respondem perante o Papa e a sua corte papal, chamada Cúria. Os Papas exercem o que é chamado Infalibilidade Papal, isto é, o direito de definir declarações definitivas de ensinamento Católico Romano em matérias de fé e moral. Na realidade, desde a sua declaração no Concílio do Vaticano I, em 1870, a infalibilidade papal só foi usada uma vez, pelo Papa Pio XII, nos anos 50.
A autoridade do Papa vem da crença de que ele é o sucessor directo de S. Pedro e, como tal, o Vigário de Cristo na Terra. A Igreja tem uma estrutura hierárquica de títulos que são, em ordem descendente:
Papa, o bispo de Roma e também Patriarca do Ocidente. Os que o assistem e aconselham na liderança da igreja são os Cardeais;
Patriarcas são chefes de algumas Igrejas Católicas Orientais sui juris. Alguns dos grandes arcebispos Católicos Latinos também são chamados Patriarcas; entre estes contam-se o Arcebispo de Lisboa e o Arcebispo de Veneza;
Bispo (Arcebispo e Bispo Sufragário): são os sucessores directos dos doze apóstolos. Receberam o todo das ordens sacramentais;
Padre (Monsenhor é um título honorário para um padre, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais): inicialmente não havia Padres per se. Esta posição evoluiu a partir dos Bispos suburbanos que eram encarregados de distribuir os sacramentos mas não tinham jurisdição completa sobre os fiéis.
Diácono
Existem ainda cargos menores: Leitor e Acólito (desde o Concílio Vaticano Segundo, o cargo de sub-diácono deixou de existir). As ordens religiosas têm a sua própria hierarquia e títulos. Estes cargos tomados em conjunto constituem o clero e no rito ocidental só podem ser ocupados, normalmente, por homens solteiros. No entanto, no rito oriental, os homens casados são admitidos como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos; e em raras ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de outros grupos cristãos fossem ordenados no rito ocidental. No rito ocidental, os homens casados podem ser ordenados diáconos permanentes, mas não podem voltar a casar se a esposa morrer ou se o casamento for anulado.
O Papa é eleito pelo Colégio dos Cardeais de entre os próprios membros do Colégio (o processo de eleição, que tem lugar na Capela Sistina, é chamado Conclave). Cada Papa continua no cargo até que morra ou até que abdique (o que só aconteceu duas vezes, e nunca desde a Idade Média).
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