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25 de fevereiro de 2016

Papa, “uniões civis”? Eu não me meto! “O que eu penso é o que pensa a Igreja. O Papa é para todos e não pode se meter em política. Este não é o papel do Papa”.



 Papa Francisco todo à vontade no avião papal do México de volta à Itália. Das uniões civis (entre homossexuais) com as quais não se mete, aos casos em que a contracepção poderia ser tolerada; do sonho da viagem à China às acusações contra Donald Trump de não ser cristão, pelo fato de Trump querer construir um muro na fronteira (entre México e EUA), muitos foram os tópicos abordados.

Sobre as uniões civis (entre homossexuais): “Eu não sei como andam as coisas no Parlamento Italiano. O Papa não se intromete na política italiana”. Assim falou o Papa sobre o projeto de lei de uniões civis entre homossexuais. “Na primeira reunião que tive com os bispos no dia 13 de maio uma das coisas que eu disse foi:  com o governo se arranjem vocês. Porque o Papa é para todos e não pode se meter na política concreta de um país. Isto não é o papel do Papa. E aquilo que eu penso é o que pensa a Igreja e tem se falado tanto sobre isso porque este não é o primeiro país que faz esta experiência, há muitos”.

Respondendo depois a uma segunda pergunta sobre o mesmo assunto, Francisco disse que não se lembrava bem do documento do Vaticano de 2003, o qual diz, entre outras coisas, que os parlamentares Católicos não devem votar a favor de tais leis. “Mas o parlamentar Católico – sublinhou – deve votar de acordo com sua consciência bem formada, eu diria apenas isso.  Creio que que é o suficiente, eu digo bem formada.”

“Me recordo – acrescentou – quando foi votado o casamento entre pessoas do mesmo sexo em Buenos Aires. Eles estavam lá com os votos empatados e em uma discussão um deles sugeriu ao outro:  bem, vamos lá votar porque se não formos não conseguiremos fazer o quórum. Enquanto outro dizia: mas se atingirmos um quórum damos o voto a Kirchner.  E o primeiro: bem, eu prefiro dar a Kirchner do que a Bergoglio”. E para a frente! Isto não é consciência bem formada. No tocante às pessoas do mesmo sexo – rebateu- repito o que está no Catecismo da Igreja Católica”.

Falando depois das indicações feitas a nível internacional sobre o aborto e contracepção para evitar os danos do vírus Zika, Francisco recordou que “o aborto não é um mal menor, é um crime, é eliminar para salvar, e é o que faz a máfia: é um crime, é um mal absoluto. Sobre o mal menor, evitar a gravidez, falamos em termos de conflitos entre o quinto e o sexto mandamento. Paulo VI, o grande, em uma situação difícil na África, permitiu que as freiras usassem contraceptivos em casos de violência sexual”. Quando perguntado qual era seu sonho, o Papa Francisco respondeu sem hesitar um segundo: “China, ir lá, eu realmente gostaria”. E quando perguntado se os seus sonhos eram em espanhol ou italiano respondeu com um sorriso: “Eu vou te dizer que sonho em esperanto, eu não sei como responder, realmente. Às vezes sim, lembro-me, sonho em outro idioma. Mas sonhar em línguas não, sonhar figuras, a minha psicologia é assim, com palavras sonho pouco”.

Duríssima no entanto foi sua tomada de posição contra os bispos que acobertam padres culpados de pedofilia: “Um bispo que transfere um sacerdote de paróquia quando são detectados casos de pedofilia é um inconsciente e que deveria por isso apresentar sua renúncia”.  Disse o Papa Francisco respondendo a repórteres no vôo de volta do México. Pedofilia – disse ele – é uma monstruosidade, porque um sacerdote que é consagrado a Deus subtrai um filho a Deus se o come em um sacrifício diabólico, o destrói “.

Resposta à distância depois sobre Donald Trump. “Uma pessoa que pensa em construir muros, quem quer que seja, não é cristão. Este não é o Evangelho”, disse Francisco aludindo às declarações do candidato à presidência dos EUA que planeja construir 2500 km de cerca ao longo da fronteira entre EUA e México e deportar 10 milhões de imigrantes ilegais. Católicos americanos devem votar nele? “Eu não me meto, apenas digo que este homem não é cristão, se ele diz essas coisas. É preciso ver se ele disse isso ou não. Sobre isso dou-lhe o benefício da dúvida.” Por sua vez, a resposta do magnata republicano veio logo: “O Papa é uma figura muito política. Para um líder religioso por em dúvida a fé de uma pessoa é vergonhoso. Eu sou orgulhoso de ser cristão e como presidente não vou permitir que a Cristandade continue sendo constantemente atacada e enfraquecida, assim como está acontecendo agora, com o atual presidente norte-americano”.

E na sua página do Facebook, Donald Trump também respondeu ao Papa:

Em resposta ao Papa:

Se e quando o Vaticano for atacado pelo ISIS, que como todos sabem é o troféu mais cobiçado pelo ISIS, eu posso assegurar- lhes que o Papa teria desejado e rezado para que Donald Trump fosse o Presidente, porque comigo isso não teria acontecido. ISIS já teria sido erradicado ao contrário do que está acontecendo agora com nossos políticos que são tudo conversa e nada de ação.

O Governo Mexicano e sua liderança tem feito muitos comentários depreciativos sobre minha pessoa ao Papa, porque querem continuar a defraudar os Estados Unidos, tanto no comércio como na fronteira, e eles entendem que eu estou totalmente por dentro do que eles estão fazendo. O Papa só ouviu um lado da história – ele não viu o crime, o tráfico de drogas e o impacto negativo que as políticas econômicas atuais têm sobre os Estados Unidos. Ele não vê como a liderança mexicana é mais esperta que o Presidente Obama e nossa liderança em todos os aspectos da negociação.
Para um líder religioso por em dúvida a fé de uma pessoa é simplesmente vergonhoso. Eu sou orgulhoso ser cristão e como presidente não vou permitir que a Cristandade continue sendo constantemente atacada e enfraquecida, assim como está acontecendo agora, com o atual presidente norte-americano.

Nenhum líder, especialmente um líder religioso, deveria ter o direito de questionar a religião ou a fé de outro homem. Eles estão usando o Papa como um títere e eles deveriam ter vergonha de fazê-lo, especialmente quando tantas vidas estão envolvidas e quando a imigração ilegal está tão desenfreada.

Donald J. Trump


Por ANSA | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum


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