O que é a verdade?" (Jo 18, 38) - perguntou Pilatos quando, embaraçado ante a integridade substancial do Salvador e abalado pela força de suas palavras, via-se instado a condená-Lo.
Essa interrogação do governador pagão surge, em certo momento da vida, na mente de todos os homens. Com efeito, o ser humano, na sua condição racional, busca a verdade instintiva e constantemente, e não terá a paz autêntica enquanto não a tiver encontrado.
Mas, se se pode dizer que, em certo sentido, a santidade é a verdade, logo brotará no espírito humano uma segunda indagação: Onde está a santidade?
A santidade é ter gravado dentro de si o conceito de que Deus é a Verdade. Não basta, porém, tomar tal princípio como um mero ditame da razão, que a inteligência aceita sem o menor movimento da vontade. Pois se eu não o abraçar com amor, em breve passarei a considerá-lo segundo os meus próprios critérios e inclinações, tisnados pelo pecado original.
Nosso Senhor veio ao mundo para destruir o pecado e ensinar aos homens o caminho da virtude, mostrando-lhes, por seu adorável exemplo, no que consiste a prática da santidade. Ela impõe, primeiramente, um relacionamento com Deus, enquanto Pai bondoso e misericordioso, mas, ao mesmo tempo, Senhor que quer ser respeitado e obedecido em razão dessa mesma Bondade e exigirá contas de todas as nossas ações.
Em segundo lugar, a santidade nos obriga a um relacionamento vigilante com nossa própria consciência, pondo de lado as veleidades do orgulho e os demais caprichos, a fim de conhecer os desígnios de Deus a nosso respeito, procurando a perfeição, conforme Ele mesmo preceituou: "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48).
A santidade deve traduzir-se também num terceiro grau de relacionamento, que diz respeito ao próximo. Nosso trato com os demais será, então, um contínuo intercâmbio de virtudes, buscando conduzir os outros rumo à perfeição, bem como utilizá-los como instrumentos para alcançar a própria santificação. Todo convívio humano precisa, pois, visar a santidade, sob pena de transformar-se num comércio de interesses e de egoísmos.
Por fim, a via da perfeição nos abre um quarto relacionamento, sintetizado por Nosso Senhor em seu mandato aos Apóstolos: "Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15). Com efeito, "toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus" (Rm 8, 19), e quem deseja a santidade deve usar das criaturas com esse fim, como um meio para chegar ao Criador.
Entretanto, se tão elevada é a vocação de um batizado, qual não será o dever daqueles que Deus escolhe, não apenas para segui-Lo, mas para serem seus ministros, "operários de sua messe" (cf. Mt 9, 38), mediadores entre Ele e o grande rebanho da Igreja?
Dado que, por sua missão e condição, o sacerdote está inteiramente consagrado ao serviço de Deus e do próximo, a ele cabe a obrigação urgente de abraçar a santidade e constituí-la como supremo objetivo e sentido da vida, para ser de fato "o sal da terra" (Mt 5, 13), edificando pelas obras, iluminando pela palavra, arrastando pelo exemplo...
Essa interrogação do governador pagão surge, em certo momento da vida, na mente de todos os homens. Com efeito, o ser humano, na sua condição racional, busca a verdade instintiva e constantemente, e não terá a paz autêntica enquanto não a tiver encontrado.
Mas, se se pode dizer que, em certo sentido, a santidade é a verdade, logo brotará no espírito humano uma segunda indagação: Onde está a santidade?
A santidade é ter gravado dentro de si o conceito de que Deus é a Verdade. Não basta, porém, tomar tal princípio como um mero ditame da razão, que a inteligência aceita sem o menor movimento da vontade. Pois se eu não o abraçar com amor, em breve passarei a considerá-lo segundo os meus próprios critérios e inclinações, tisnados pelo pecado original.
Nosso Senhor veio ao mundo para destruir o pecado e ensinar aos homens o caminho da virtude, mostrando-lhes, por seu adorável exemplo, no que consiste a prática da santidade. Ela impõe, primeiramente, um relacionamento com Deus, enquanto Pai bondoso e misericordioso, mas, ao mesmo tempo, Senhor que quer ser respeitado e obedecido em razão dessa mesma Bondade e exigirá contas de todas as nossas ações.
Em segundo lugar, a santidade nos obriga a um relacionamento vigilante com nossa própria consciência, pondo de lado as veleidades do orgulho e os demais caprichos, a fim de conhecer os desígnios de Deus a nosso respeito, procurando a perfeição, conforme Ele mesmo preceituou: "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48).
A santidade deve traduzir-se também num terceiro grau de relacionamento, que diz respeito ao próximo. Nosso trato com os demais será, então, um contínuo intercâmbio de virtudes, buscando conduzir os outros rumo à perfeição, bem como utilizá-los como instrumentos para alcançar a própria santificação. Todo convívio humano precisa, pois, visar a santidade, sob pena de transformar-se num comércio de interesses e de egoísmos.
Por fim, a via da perfeição nos abre um quarto relacionamento, sintetizado por Nosso Senhor em seu mandato aos Apóstolos: "Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15). Com efeito, "toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus" (Rm 8, 19), e quem deseja a santidade deve usar das criaturas com esse fim, como um meio para chegar ao Criador.
Entretanto, se tão elevada é a vocação de um batizado, qual não será o dever daqueles que Deus escolhe, não apenas para segui-Lo, mas para serem seus ministros, "operários de sua messe" (cf. Mt 9, 38), mediadores entre Ele e o grande rebanho da Igreja?
Dado que, por sua missão e condição, o sacerdote está inteiramente consagrado ao serviço de Deus e do próximo, a ele cabe a obrigação urgente de abraçar a santidade e constituí-la como supremo objetivo e sentido da vida, para ser de fato "o sal da terra" (Mt 5, 13), edificando pelas obras, iluminando pela palavra, arrastando pelo exemplo...
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